sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Principais doenças causadas pela Avitaminose

Principais doenças causadas pela Avitaminose:
* Cegueira Noturna: falta de vitamina A (retinol)

* Beribéri: falta de vitamina B1 (tiamina)

* Fotofobia: falta de vitamina B2 (riboflavina)

* Pelagra: falta de vitamina B3 (niacina), B6 (Piridoxina) ou PP (nicotinamida)

* Dormência nas mãos e nos pés: falta de vitamina B5 (ácido pantotênico)

* Dermatite e atraso no crescimento: falta de vitamina B6 (piridoxina)

* Problemas gastrintestinais: falta de vitamina B9 (ácido fólico)

* Anemia perniciosa: falta de vitamina B12 (cobalamina)

* Escorbuto: falta de vitamina C (ácido ascórbico)

* Raquitismo: falta de vitamina D (calciferol)

* Distúrbios neuromusculares: falta de vitamina H (biotina)

* Hemorragia: falta de vitamina K (filoquinona)

* Possível aparecimento de varizes: falta de vitamina P (rutina)

INTRODUÇÃO:

Os hábitos alimentares podem variar de acordo com culturas, povos e regiões. Muitas vezes, dentro de um mesmo país, existem regiões com hábitos alimentares completamente diferentes umas das outras. Essa diversidade pode variar de acordo com a cultura, a disponibilidade de alimentos, a fertilidade do solo.
Essas diferenças além de representarem à cultura da região, em alguns casos, podem gerar problemas como a deficiências de algumas vitaminas e minerais na alimentação, como é caso de povos que baseiam sua alimentação exclusivamente no milho.

1- O beribéri é uma avitaminose, isto é, uma doença causada por uma carência vitamínica, neste caso, a falta de uma vitamina hidrossolúvel do complexo B, a vitamina B1.
Esta carência conduz a um quadro clínico de fraqueza muscular, emagrecimento, alterações do sistema circulatório e digestivo, surgimento de dificuldades respiratórias, lividez e edemas. Podem ainda surgir alterações ao nível do sistema nervoso, originando paralisias musculares, perca de equilíbrio e crises nervosas.
A vitamina B1 pode ser encontrada num leque alargado de alimentos - por exemplo, pão, batatas, fígado, leite, legumes frescos e secos e ovos, entre outros -, sendo uma doença endémica em algumas regiões da Ásia, África e também da América do Sul, onde as populações se alimentam quase exclusivamente de arroz descorticado. Prevaleceu nos países asiáticos durante séculos.
Esta palavra é oriunda do antigo Ceilão, hoje, Shri – Lanka, e significa “eu não posso”, pois as pessoas ficam muito fracas e não se podem mexer.

2- O raquitismo consiste no amolecimento e enfraquecimento dos ossos devido à incapacidade do corpo em absorver cálcio. Afeta fundamentalmente os ossos em crescimento e, portanto, as crianças e os adolescentes são os mais suscetíveis.

O cálcio é um mineral essencial na construção de ossos e dentes saudáveis. O corpo de uma criança necessita de quantidade adequada de vitamina D para absorver o cálcio da comida e depositá-lo no osso de forma a permitir o crescimento e fortalecimento do esqueleto. O nosso organismo pode aproveitar diretamente a vitamina D proveniente de certos alimentos ou sintetizá-la nas células da pele a partir de uma provitamina: o ergosterol. Na presença dos raios ultravioleta do Sol, o ergosterol transforma-se
em vitamina D.

Exist
em várias causas de raquitismo: hormonais, defeitos genéticos, doenças renais, etc. No passado, a causa mais frequente era a carência de Vitamina D. Embora esta doença tenha quase desaparecido, atualmente está a verificar-se o seu ressurgimento em países desenvolvidos.

A criança adquire vitamina D a partir de duas fontes: os alimentos e a luz solar. Assim, o raquitismo pode ser provocado pela diminuição da produção de vitamina D devida a:
- Escassa exposição solar: atualmente as crianças estão mais protegidas, mais vestidas, mais confinados às suas casas ou nos seus infantários e com menor contacto com a Natureza. Ao mesmo tempo a poluição (fumo, gases, pó) e o uso dos protetores solares (embora o seu uso seja aconselhável para prevenir o cancro de pele) diminuem a produção de Vitamina D pela pele.

- Baixa ingestão de alimentos com vitamina D: os substitutos lácteos como a soja carecem de certos nutrientes, inclusive cálcio e vitamina D.

Numa criança com raquitismo as primeiras manifestações aparecem habitualmente no final do primeiro ano e durante o segundo ano de vida. Podem ser visíveis algumas das seguintes características:
- Alterações na forma e consistência dos ossos do crânio, observando-se, por exemplo, a nuca achatada ou cabeça maior que o normal;

- As pernas e braços encontram-se encurvados e deformados (ex.: pernas arqueadas de cowboy); ...

3- A deficiência ou falta destes nutrientes em nosso organismo devido aos hábitos alimentares denominam-se Pelagra. O milho tem baixo teor de triptofano e niacina, contribuindo para a carência de vitaminas do complexo B e proteínas. Outro grupo com grande chance de apresentar Pelagra, não apenas por aspectos culturais da alimentação de sua região, mas devido a maus hábitos de consumo, são os alcoólatras crônicos. Este grupo, muitas vezes, apresenta uma alimentação deficiente em vários nutrientes, acarretando em faltas nutricionais. 


As conseqüências da Pelagra estão relacionadas a problemas de pele, problemas no intestino e, em estágios mais desenvolvidos, pode até mesmo afetar funções do cérebro. Uns dos primeiros sintomas pode ser o aparecimento de marcas na pele (como sinais de queimaduras), sendo que na grande maioria das vezes estas manchas não desaparecem com facilidade e costumam descascar. Náuseas, mal estar, enjôos, perda de apetite e diarréia também são sintomas comuns, pois, todo o sistema intestinal torna-se atingido. Na língua e na boca podem aparecer alguns sinais de irritação, apresentando focos de inflamação.
Quando a doença apresenta um estágio mais avançado é comum aparecer problemas vaginais e algumas alterações no sistema nervoso (cansaço, falta de sono, palidez) acarretando em alguns distúrbios mentais, falta de memória e até problemas depressivos.
A melhor maneira de se identificar tal deficiência é por meio do exame de sangue e a partir das taxas de niacina presentes na urina. A forma mais eficaz para prevenir a Pelagra é por meio de uma alimentação rica em todos os nutrientes, vitaminas e minerais, evitando assim basear a alimentação em apenas um alimento (neste caso o milho) e ocasionar deficiências ou excesso de nutrientes.

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